Pular para o conteúdo principal

SGC #65 - Vivendo para a Justiça, aprendendo novamente com o exemplo de Shiryu


“Você é um homem que vive para justiça e não para você mesmo, você é um homem que daria a sua vida pelos outros, viver para a justiça ao invés de fazê-lo para sua própria segurança é bonito, porém, triste…” o mestre de Shiryu, comentando sobre ele disse estas palavras, porém, tais palavras poderiam facilmente se referir à um cristão genuíno por isto considerei oportuno escrever mais um texto comentando sobre o exemplo de Shiryu…

Em seu treinamento com o Mestre Ancião (ou Dohko, o cavaleiro de Ouro de Libra), Shiryu aprendeu muitas técnicas poderosas, mas que tinham certo custo, eram perigosas não somente para seus oponentes como também para o próprio usuário, porém, existe uma técnica que supera todas as outras esta é “O Último Dragão”, e pelo nome você já pode ter uma noção do custo dessa técnica, apesar de ter aprendido esta poderosa habilidade, Shiryu foi proibido de usá-la por seu mestre, pois após usá-la era quase certo que o cavaleiro morreria…

Durante muito tempo o “O Último Dragão” nem sequer foi mencionado, até que então finalmente chegou o momento de utilizá-lo, óbvio que a princípio ele tentou outros métodos e técnicas contra este oponente, mas ainda sim nenhum deles foi eficaz, o Dragão estava enfrentando um Cavaleiro do mais alto nível, um cavaleiro de Ouro, se Shiryu não o derrotasse ali este inimigo poderia se tornar um grande problema para os seus amigos, na verdade o simples fato do Cavaleiro de Dragão estar ali lutando já salvou a vida de seus companheiros, este oponente tem uma poderosíssima técnica que é capaz de cortar praticamente qualquer coisa, e teve a possibilidade de atacar os amigos de Shiryu sem que estes percebessem, se o Dragão não os tivesse protegido eles provavelmente teriam morrido ali, então após isto ele decidiu lutar sozinho contra este adversário, enquanto os demais seguiam em frente para realizar uma importante missão, se falhasse ali, o inimigo poderia acabar seguindo seus amigos e causando grandes problemas para eles…

Anteriormente já vimos que Shiryu estava disposto a sacrificar um bem tão precioso como até mesmo a própria visão por causa de seus amigos, mas neste combate era diferente, ele estava disposto a sacrificar o seu bem mais precioso, a sua própria vida, pelo bem daqueles que ele amava, o “terrível” O Último Dragão foi utilizado, e Shiryu abriu mão de sua própria vida para derrotar seu oponente, e aqui é mais uma demonstração do Amor Verdadeiro, sobre o qual Jesus disse “Não existe maior amor que este: de dar alguém a própria vida por causa dos amigos” (Jo 15:13), além disto o Cavaleiro de Dragão se sacrificou não somente pelo Amor aos seus amigos, mas também por aquilo que ele acreditava, Shiryu e seus amigos estavam em uma missão, que consideravam ser correta e Justa, e é por isto que o Mestre Ancião disse que Shiryu vivia para a justiça, assim também é com os cristãos genuínos, eles estão dispostos a sacrificar sua vida por aqueles que amam mas também pela Justiça e por aquilo que eles acreditam, e é por conta disto que muitos dos cristãos do passado, e ainda alguns nos tempos modernos, se tornaram “Mártires”, abriram mão de um bem preciosíssimo que é a própria vida por aquilo que acreditam ser o correto, seria muito mais fácil permanecer em nossa zona de conforto e pensar somente em nós mesmos e em nossa própria segurança, mas ainda sim eu diria que isto não valeria a pena…

Será que a descrição dada pelo Mestre Ancião, se aplicaria também a você?, é capaz de amar os outros mais do que a sua própria vida, e vivendo para justiça está disposto a se sacrificar por aquilo que acredita?, ou então seria como aqueles sobre quem o Apóstolo João escreveu que “e não amaram as suas vidas até a morte.” (Ap 12:11b), infelizmente muitos hoje em dia tem se colocado “no centro do Universo”, colocando a sua própria vida acima de todas as outras, ou então tem valores tão fracos que facilmente abre mão do que acredita só para não perder que isto, ou ainda pior que isto, muitos nem precisam estar em risco de vida para abrir mão do que acreditam, basta que isto gere algum desconforto ou incômodo que logo prontamente abandonaram aquilo que diziam antes acreditar, infelizmente nesta geração de valores fracos e pessoas egoístas, muitos são assim, porém, para nós Cristãos o exemplo de Shiryu é um que não somente podemos, como também devemos tirar proveito e imitar em seus pontos positivos.

No final das contas com um certo “auxílio divino”, Shiryu acabou sobrevivendo, mas um fato é que ele estava disposto a sacrificar sua própria vida, e é isto que importa, muitas vezes somos salvos da morte pelo próprio Deus, como é o caso por exemplo de Sadraque, Mesaque e Abedenego, salvos de serem queimados vivos na fornalha, ou então do próprio Apóstolo João que foi salvo do martírio, porém, isto não é uma regra, todos os demais Apóstolos foram martirizados, e inúmeros cristãos ao longo dos séculos também, o que importa é estar disposto a sacrificar até mesmo a própria vida por aqueles que amamos e por aquilo que acreditamos, se Deus nos salvar da morte, tudo bem, mas se não, tudo bem também, o que importa é fazermos o que é certo!

Enfim será que “Você é um alguém que vive para justiça e não para você mesmo, você é alguém que daria a sua vida pelos outros…” ?, sei que se enquadrar nisto não é uma tarefa fácil, mas certamente é uma das coisas que todo cristão verdadeiro deveria buscar, além disto nós temos uma grande esperança que Shiryu não tinha, temos a esperança da Ressurreição dos Mortos, acreditamos que assim como Cristo venceu, nós também venceremos, e assim mesmo que não valha a pena no mundo atual, sacrificarmos nossas próprias vidas, ainda sim fazer isto por amor ao próximo e por aquilo que acreditamos certamente valerá muito a pena no mundo vindouro! se alguém sem esta esperança como Shiryu foi capaz de tal feito, quanto mais nós que podemos confiar no Senhor Jesus!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SGC #20 - "E se?" Uma reflexão com o exemplo de Professor Girafales e Dona Florinda.

- Que milagre o senhor por aqui! (Dona Florinda / DF) - Vim lhe trazer este humilde presente. (Professor Girafales / PG) - Muito obrigada! Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café? (DF) - Não será muito incômodo? (PG) - Mas é claro que não, queira entrar! (DF) - Depois da senhora. (PG) Não uma, nem duas, muito menos três mas centenas de vezes este diálogo mencionado anteriormente se repetiu, era óbvio o interesse que um tinha no outro, entretanto nenhum dos dois tomava iniciativa, ficando sempre na mesmice de sempre, uma enrolação sem fim, de forma parecida agem muitos indivíduos no mundo real, inclusive dentro da Igreja. Algo que ocorre é que muitas pessoas se acostumam à uma zona de conforto e por conta disto não tentam coisas diferentes, e assim permanecem sempre no mesmo diálogo sem nunca avançar além disto, e assim perdem a oportunidade de conquistar algo mais, estas pessoas pensam “e se piorar?” “e se eu perder o que eu já tenho?” e outros pensam...

SGC #137 - Não, você não consegue ficar invisível, reflexão baseada no exemplo do Drax

Drax, O destruidor é um dos membros dos Guardiões da Galáxia, apesar de sua história trágica ( esposa e filha assassinadas ), ele é um dos principais "alívios cômicos" dos filmes em que aparece, Drax não faz isto de maneira proposital, e talvez seja isto que torne os momentos ainda mais engraçados, eu sei que este “humor” não agrada a todos, mas ainda sim, sei que o personagem já caiu nas “graças” de muita gente por conta disto, e existe um momento do Filme Vingadores Guerra Infinita, que eu achei bem engraçado e que pode acabar servindo para fazermos uma reflexão, acredito que mesmo que você não tenha gostado, se você viu o filme, você provavelmente se lembra dele… Peter Quill e Gamora estão tendo uma conversa bem séria na Nave dos Guardiões da Galáxia, e eis que eles percebem ao fundo Drax, e então Quill questiona “há quanto tempo está parado aí?”, e recebe a resposta “Uma hora”, por uma hora Drax estava lá parado observando tudo que acontecia, e o momento se to...

A Graça e a Cultura Pop #0007 - Amar as invenções dos "trouxas", não necessariamente significa ser um trouxa, uma reflexão com o exemplo de Athur Weasley

Introdução : Harry Potter traz um mundo fantástico aonde existe o mundo humano, conhecido como “mundo Trouxa”, sim, eles chamam os seres humanos sem habilidades especiais de trouxas, e o “mundo bruxo”, que traz não somente os bruxos (indivíduos capazes de usar magia), como também diversos outros seres da fantasia como gigantes, centauros, elfos, dragões entre outros. No mundo bruxo existem algumas famílias, como é o caso dos Weasley, a família de Ron um dos protagonistas da série, uma família que originalmente era “puro-sangue”, que é como eram chamadas famílias formadas exclusivamente por bruxos, entretanto nem quando era assim eles tinham preconceito com os trouxas, e isto é ainda mais nítido agora, quando na geração atual, posterior aos eventos dos oito filmes, a família deixou de ser formada somente por bruxos. Quem é Arthur Weasley ? Arthur Weasley é o patriarca da família Weasley apresentada para nós nos oitos filmes da franquia Harry Potter, em seu casamento com Molly, eles tive...