Pular para o conteúdo principal

SGC #24 - A Batalha interna entre o bem e o mal


Saga é o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos da Saga Clássica dos Cavaleiros do Zodíaco, apesar de existir certa divergência entre os fãs se analisarmos a obra como um todo (incluindo os mangás como o Episódio G), Saga é o Cavaleiro de ouro mais poderoso (ficando atrás apenas do criado poucos anos atrás Cavaleiro de Serpentário que está acima de qualquer um dos demais cavaleiros de ouro) sendo capaz de feitos como exterminar uma galáxia com apenas um golpe e parar uma espada capaz de cortar planetas com uma mão sem sofrer qualquer tipo de arranhão, sendo tão forte assim Saga era cotado para ser o próximo mestre do Santuário que é um cargo de grande honra para qualquer Cavaleiro, porém no final de contas ele não foi escolhido este evento acabou despertando um outro lado de Saga e é por isto que eu o escolhi para fazer parte dessa série.

Os Cavaleiros de Gêmeos normalmente tem algum irmão gêmeo aonde um é do “bem” e o outro é do “mal”, mas existe também uma maldição peculiar que acaba criando um grande distúrbio de personalidade em um deles ao ponto de variar entre os extremos de alguém muito bom para alguém terrivelmente mal, Saga se enquadra nos dois casos, ele seria o gêmeo do bem enquanto Kanon seria o irmão do mal, porém dentro de Saga habitava também um grande mal e foi justamente este o motivo pelo qual o antigo grande mestre não o escolheu como seu sucessor, e após essa decepção este lado finalmente foi capaz de tomar o controle e assim Saga matou o antigo grande mestre e tomou seu lugar, depois disso ele variava entre os dois extremos, uma personalidade de um homem bondoso e um cavaleiro de bom coração e a outra era um homem maligno praticamente um demônio encarnado, e estas duas personalidades permaneciam em constante luta para tomar o controle de Saga.

Apesar dos poderes de Saga serem algo totalmente fora da realidade estas mudanças súbitas entre alguém bom e alguém mal não é algo tão fictício assim não, pode ser que não ocorram com a mesma intensidade mas o que acontece com cada um dos cristãos é algo muito parecido é uma luta de dois “escravos” um é o escravo do bem que serve à Deus enquanto o outro é escravo do pecado servindo aos seus próprios desejos, esta luta é relatada pelo Apóstolo Paulo

“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. (Rm 7:22-23)

Por um lado o Apóstolo tinha prazer na Lei de Deus mas ao mesmo tempo ele conseguia perceber em seu corpo uma outra lei que batalha contra a Lei de Deus e esta é a Lei do Pecado, com a primeira ele havia se tornado escravo de Cristo e com a segunda ele se tornou escravo do pecado, alguns erroneamente pensam que ao se converterem e se tornarem escravos de Cristo a lei do pecado deixará de surtir efeito neles e assim se verão libertos dela, mas não é assim que as coisas funcionam, pode ser que ela não ataque com a mesma intensidade mas pode ser que justamente o oposto aconteça e ela aja de maneira ainda mais feroz, a realidade é que enquanto viver o Cristão terá de conviver com estas duas leis, e assim é um fato que acabam existindo dois lados dentro de si, um bom e outro mal, um que é convertido e outro que é carnal, infelizmente mesmo para o mais notável dos cristãos, o lado carnal escravo do pecado ainda será capaz de tomar o controle em alguns momentos, de igual forma mesmo Saga sendo um poderoso Cavaleiro seu lado mal era capaz de tomar o controle totalmente e levá-lo a fazer coisas terríveis, esta escravidão foi capaz de controlar até mesmo o Apóstolo Paulo que com certeza é um dos cristãos mais notáveis de todos os tempos, quanto mais nós também estamos sujeitos a ela, uma boa analogia que podemos fazer com esta lei é com a Lei da Gravidade, nós não escolhemos estar sujeitos a lei da Gravidade e já nascemos sobre seu jugo, não somos capazes de vencê-la sem algum tipo de auxílio e enquanto vivermos nesta Terra estaremos sujeitos a ela, assim também é com a lei do Pecado, nós não escolhemos sua servidão a princípio mas ainda sim nascemos escravos dela e sem o auxílio divino não somos capazes de vencê-la, além disto enquanto vivermos nestes corpos carnais continuaremos sendo servos delas com nossos membros e assim mesmo que nos esforcemos muito ainda acabaremos falhando e pecando em algum momento.

O principal motivo de ter escrito este texto com o exemplo de Saga que é um dos mais poderosos personagens não somente dos Cavaleiros do Zodíaco mas também do mundo dos animes é para fazer uma analogia mostrando que mesmo os mais notáveis dos homens podem ser totalmente dominados pelo mal de tal maneira que esta maldade seja capaz de controlar seus corpos, assim como foi também com o Apóstolo Paulo e assim também como era e é com cada um dos cristãos enquanto eles viverem neste mundo, mas não os trago esta notícia sem trazer também esperança

Esta clássica luta entre a Lei do Pecado e a Lei de Deus ocorre para toda a humanidade desde a queda de Adão, somente um homem que pisou na Terra não esteve sujeito a esta lei do Pecado, este era Jesus o filho de Deus sendo Ele também o próprio Deus que foi concebido de maneira miraculosa por intermédio do Espírito Santo através da virgem Maria de tal forma que não fosse contaminado pelo pecado e não se tornasse seu escravo e graças a Deus por Cristo Jesus nosso Senhor, uma grande vantagem que temos sobre Saga é a esperança de que algum dia venceremos totalmente esta Lei do Pecado mas não somente isto apesar de ainda servos do Pecado, pelo Sangue de Cristo fomos livres da Condenação do Pecado e é por isto que nenhuma condenação há para os que Cristo Jesus estão, e para encerrar como diria o Apóstolo Paulo “Graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, eu mesmo com a razão sirvo à Lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” (Rm 7:25)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SGC #20 - "E se?" Uma reflexão com o exemplo de Professor Girafales e Dona Florinda.

- Que milagre o senhor por aqui! (Dona Florinda / DF) - Vim lhe trazer este humilde presente. (Professor Girafales / PG) - Muito obrigada! Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café? (DF) - Não será muito incômodo? (PG) - Mas é claro que não, queira entrar! (DF) - Depois da senhora. (PG) Não uma, nem duas, muito menos três mas centenas de vezes este diálogo mencionado anteriormente se repetiu, era óbvio o interesse que um tinha no outro, entretanto nenhum dos dois tomava iniciativa, ficando sempre na mesmice de sempre, uma enrolação sem fim, de forma parecida agem muitos indivíduos no mundo real, inclusive dentro da Igreja. Algo que ocorre é que muitas pessoas se acostumam à uma zona de conforto e por conta disto não tentam coisas diferentes, e assim permanecem sempre no mesmo diálogo sem nunca avançar além disto, e assim perdem a oportunidade de conquistar algo mais, estas pessoas pensam “e se piorar?” “e se eu perder o que eu já tenho?” e outros pensam...

SGC #137 - Não, você não consegue ficar invisível, reflexão baseada no exemplo do Drax

Drax, O destruidor é um dos membros dos Guardiões da Galáxia, apesar de sua história trágica ( esposa e filha assassinadas ), ele é um dos principais "alívios cômicos" dos filmes em que aparece, Drax não faz isto de maneira proposital, e talvez seja isto que torne os momentos ainda mais engraçados, eu sei que este “humor” não agrada a todos, mas ainda sim, sei que o personagem já caiu nas “graças” de muita gente por conta disto, e existe um momento do Filme Vingadores Guerra Infinita, que eu achei bem engraçado e que pode acabar servindo para fazermos uma reflexão, acredito que mesmo que você não tenha gostado, se você viu o filme, você provavelmente se lembra dele… Peter Quill e Gamora estão tendo uma conversa bem séria na Nave dos Guardiões da Galáxia, e eis que eles percebem ao fundo Drax, e então Quill questiona “há quanto tempo está parado aí?”, e recebe a resposta “Uma hora”, por uma hora Drax estava lá parado observando tudo que acontecia, e o momento se to...

A Graça e a Cultura Pop #0007 - Amar as invenções dos "trouxas", não necessariamente significa ser um trouxa, uma reflexão com o exemplo de Athur Weasley

Introdução : Harry Potter traz um mundo fantástico aonde existe o mundo humano, conhecido como “mundo Trouxa”, sim, eles chamam os seres humanos sem habilidades especiais de trouxas, e o “mundo bruxo”, que traz não somente os bruxos (indivíduos capazes de usar magia), como também diversos outros seres da fantasia como gigantes, centauros, elfos, dragões entre outros. No mundo bruxo existem algumas famílias, como é o caso dos Weasley, a família de Ron um dos protagonistas da série, uma família que originalmente era “puro-sangue”, que é como eram chamadas famílias formadas exclusivamente por bruxos, entretanto nem quando era assim eles tinham preconceito com os trouxas, e isto é ainda mais nítido agora, quando na geração atual, posterior aos eventos dos oito filmes, a família deixou de ser formada somente por bruxos. Quem é Arthur Weasley ? Arthur Weasley é o patriarca da família Weasley apresentada para nós nos oitos filmes da franquia Harry Potter, em seu casamento com Molly, eles tive...