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SGC #106 - Pequenos começos nem sempre resultam em Pequenos Finais, uma versão Otaku da Parábola do Grão de Mostarda

Goku (ou Kakarotto) é o protagonista da franquia Dragonball, e é um personagem muito querido pelos fãs, ao ponto de ser escolhido como o “Embaixador” das Olimpíadas 2020 no Japão mesmo sendo um personagem fictício, mas o que será que podemos aprender com o exemplo dele? leia e descubra!

Kakarotto pertence a uma raça alienígena de guerreiros, chamada de sayajins, porém, ele não era um dos mais ilustres, tendo nascido com um poder de luta de 2 era considerado um sayajin de classe baixa, que seriam os mais fracos ou “inferiores”, (poder de luta é um “sistema” do Universo Dragonball que serve para indicar o quão forte alguém é) para fazermos um comparação, Brolly alguém que nasceu mais ou menos no mesmo período que ele, tinha 10.000 de Poder de Luta, ou seja, 5 mil vezes mais que Goku, óbvio que Brolly é um caso excepcional, mas isto era para mostrar quão grande poderia ser a diferença de força do bebê Kakarotto para outros bebês Sayajins.

Um bebê de “classe baixa” e com um poder de luta de quase 0, certamente não é um começo muito “animador”, porém, é ótimo para a lição que eu quero passar, pense nisto como uma versão moderna, ou melhor dizendo, otaku da Parábola do Grão de Mostarda, um grão que é insignificante à princípio, porém, tendo sido semeado, cresce, e se torna a maior de todas as hortaliças... (4:32), o que quero dizer é que não devemos julgar saber o final de algo, apenas pelo seu começo, um começo “pequeno” não necessariamente quer dizer um fim “pequeno”, Goku começou como um bebê tão fraco que era praticamente insignificante, mas com o tempo ele cresceu e se tornou mais forte, ao ponto de que atualmente é o Sayajin mais poderoso de todos (se não contarmos as fusões), não é possível saber ao certo qual é o poder de luta dele atualmente, porém, já consegue ultrapassar pelo menos a marca de 1 bilhão (mas podendo ser até bem mais que isto), enfim, ninguém que visse ele a princípio, iria imaginar que ele fosse chegar tão longe, mas ainda sim, ele chegou, se tornando um dos guerreiros mais fortes não somente da franquia Dragonball como também de todo o universo da ficção.

Muitos “finais extraordinários” se iniciaram com “começos comuns” e quase insignificantes, não desanime se o inicio pareça pouca coisa, isto não quer dizer necessariamente que o final também será pouco, e isto é uma verdade bem real para nós, na parábola do Grão de Mostarda, aquilo que estava sendo comparado a ele, era o Reino dos Céus, e isto foi algo que começou bem pequeno, com uma dúzia de homens, ou melhor dizendo, com um homem só (Jesus) que acabou fazendo uma grande diferença na vida de 12 homens, enfim, para muitos da época talvez fosse simplesmente mais uma “ideologia”, mais uma religião qualquer que logo desapareceria, mas foi diferente, era um reino que começou com poucos, mas que hoje já conta com uma quantidade incontável de pessoas, não sabemos quantas são ao certo, mas certamente já supera em número qualquer reino humano que já existiu, ou seja, atualmente aquele reino que começou pequeno como um grão de mostarda, é o maior que já existiu (e que existirá) e continuará crescendo até que esteja completo com todos os filhos adotivos de Deus.

Por conta do Reino dos Céus é que também podemos dizer que todos os finais dos mais variados cristãos verdadeiros, são grandiosos, a História do cristão não se encerra quando ele é torturado até a morte, ou então quando um câncer ou qualquer outro tipo de doença mortal o leva a óbito, muito menos quando uma “bala perdida” ou um carro desgovernado ceifem suas vidas terrenas, isto não é o fim, por mais que estas opções sejam terríveis, no final de contas elas levam o cristão para um “fim grandioso” que é a vida eterna com Deus no reino dos céus, por mais quem suas vidas terrenas tenham sido cheias de fracassos, sem nenhum feito grandioso, no final de contas eles alcançam o maior de todos os sucessos, o melhor de todos os finais, que é um final com Deus, e não contra Ele, e por mais que aparente ser algo contraditório é um “final que nunca terá fim”, e durará de eternidade em eternidade!

Enfim, não que seja uma regra para todos os casos, mas ainda sim, na maioria das vezes, prefira julgar o “final” e não o começo das coisas, não quero dizer obviamente que os fins justifiquem os meios, mas ainda sim, no começo é muito mais fácil encontrarmos motivos para criticar e desacreditar em algo ou alguém, porém, somente no final que poderemos ter certeza se estávamos certos ou não, quem diria que o pequeno jovem ruivo (Davi) derrotaria um Gigante e no final de contas se tornaria não somente o Rei de Israel, mas também um dos maiores reis de todos os tempos?, quem diria que a lagarta tão feia se tornaria uma belíssima borboleta, quem diria que o grão de mostarda se tornaria a maior das hortaliças, ou então, quem diria que o Sayajin classe baixa de poder quase insignificante se tornaria o mais forte dos Sayajins, enfim, não somente na ficção como também no mundo real, existem muitos exemplos de “finais” bem mais grandiosos que os começos, ao criticar algo por seu começo podemos acabar nos arrependendo. (Sem contar o fato de que existem muitos começos aparentemente grandiosos, porém, com finais trágicos, não é o tema do texto mas achei importante comentar sobre isto aqui também, um dos exemplos mais tristes que podemos encontrar são aqueles homens e mulheres que durante suas vidas fizeram feitos extraordinários, mas que não alcançaram o mais importante, que é o reino dos céus, e assim encerrarão suas vidas com o final mais trágico de todos que é o inferno)

Enfim, espero que você aprenda a não julgar algo simplesmente por seu começo, além disto, espero que mesmo que seu começo não tenha sido nada grandioso ou chamativo, que ao menos o seu final seja o mais belo de todos, que você adentre a cidade celestial do Reino de Deus, não como um penetra, mas como um convidado e filho adotivo do Rei dos Reis, mesmo que o seu começo tenha sido como o do pior dos pecadores (Paulo), ainda sim, isto pouco importa, o que importa é o seu final (ao menos na maioria dos casos), sua vida pode ter sido cheia de fracassos, e sofrimentos, pode ser aparentemente a mais “insignificante” de todas, isto pouco importa, o que importa realmente é que no fim, você tenha Jesus, e faça parte de seu reino, este certamente é o final mais grandioso de todos.

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