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SGC #27 - Geração de Deidaras



Deidara era um ninja patife do Anime Naruto, ou seja, ele é um traidor da sua vila, era muito poderoso e fazia parte da organização mais perigosa mostrada até então no universo de Naruto, a Akatsuki, existem muitos personagens com histórias boas neste universo mas dessa vez escolhi um que poucas pessoas gostam porque ele tem uma característica que pode nos levar à ter uma reflexão bem útil e necessária.

Ele tinha uma habilidade única até então de utilizar argila para criar diversos tipos de objetos explosivos, e chamava isto que fazia de “Arte”, era uma perspectiva de que a Arte era explosiva e passageira como as explosões, poucos de nós pensam exatamente da mesma maneira na questão do “explosiva”, mas quando analisamos que isto quer dizer “chamativa” também aí então um número maior de pessoas pode se identificar, uma explosão chama bastante a atenção ao mesmo tempo que é passageira, mesmo a mais poderosa das bombas apesar do seu poder destrutivo tem uma explosão que não chega a durar um minuto sequer, e é justamente esta perspectiva que fez o Deidara entrar nesta série de textos como um exemplo negativo que devemos evitar mas que infelizmente muitos imitam.

Vivemos em uma “Geração de Deidaras”, grande maioria das coisas foram feitas para serem chamativas e temporárias ou melhor dizendo “descartáveis”, isto pode ser identificado nas mais variadas esferas da vida, existem, por exemplo, músicas que “estouraram”, fizeram grande fama e chamaram bastante a atenção, mas depois de algum tempo foram descartadas e ninguém mais ouve, não são mais feitas como as músicas de antigamente que conseguem assumir o “status” de clássico e mesmo com o passar do tempo continuam sendo “arte”, isto infelizmente não se resume somente as coisas mas também as pessoas, até mesmo os relacionamentos são descartáveis, na época de Deidara os membros da Akatsuki eram divididos em duplas, quando o seu companheiro de missões Sasori foi morto, ele não se importou muito em ter de substituí-lo, de igual forma muitos de nós substituem facilmente pessoas, chegamos ao ponto absurdo de até mesmo considerar o casamento como algo descartável, existem muitos que dizem “case, se não der certo se divorcie”, é uma geração que quando algo quebra ao invés de buscar consertar preferem descartar, infelizmente vivemos nesta geração aonde a grande maioria das coisas não são feitas para durar.

Curiosamente o companheiro de missões de Deidara, o Sasori tinha uma perspectiva totalmente diferente, de que a verdadeira “Arte” era Eterna, por mais que ele fosse um vilão e tivesse uma visão um pouco distorcida disto, esta é a perspectiva correta, na verdade por mais que eu critique Deidara a perspectiva correta que devemos ter é quase que uma fusão e mistura das duas perspectivas, pode ser que você esteja confuso mas calma que eu te explico, ao mesmo tempo que buscamos coisas duradouras, como cristãos precisamos lembrar que nesta Terra tudo é passageiro e alguma hora irá passar, mas isto não é desculpa para tratarmos tudo como descartável, principalmente os relacionamentos!

Temos nos lembrar sempre que não estamos aqui para fazer morada permanente, e sim como um Peregrino somente de passagem, voltando para sua verdadeira pátria, a nação Celestial, “tudo é vaidade” como já dizia o Sábio Salomão, o que este mundo tem para nos oferecer é passageiro, porém ainda sim existem coisas que podem ser preciosas aqui, uma delas que excede os outros tesouros é a Palavra de Deus deixada para nós, é uma “arte” que não é apaga pelo tempo, os céus e a terra passam mesmo assim ela permanece e é nela que encontramos a Verdade sobre aquilo que Jesus fez por nós e como nós meros mortais podemos adentrar o Reino dos Céus, um reino que é comparado à uma “pérola de grande valorque ao ser encontrada por um comerciante, este vendeu tudo o que tinha para poder comprá-la, e este não era uma comerciante qualquer e sim um negociante de pérolas, ou seja, alguém que conseguia perceber o valor daquilo, muitos desprezam as coisas e as tratam como descartáveis pelo fato de que não conhecem o seu valor, e assim são capazes de valorizar coisas sem valor e tratar tesouros como se nada fossem.

Existe também um tesouro que está acima de todos os outros que Deidara e seus “imitadores” costumam desconhecer, sobre este tesouro é digo que se alguém desse todos os bens de sua casa por ele ainda sim seria desprezado, é algo invisível ainda sim extremamente valioso, é o Amor, é ele que dá razão para os outros tesouros, porque parafraseando o Apóstolo Paulo, “ainda que eu tivesse tudo, se não tivesse o amor, eu nada seria”, se faltar o amor não importa o que você tenha, aquilo tudo não adiantará de nada, é ele que dá razão para as coisas e tesouros da mesma forma que Deus sendo Amor dá razão a nossas vidas, e ao contrário das “artes” dessa geração, o Amor jamais é vencido, nem mesmo a morte pode derrotá-lo, ele é eterno e incessante, sabia que todos os dons em algum momento irão cessar?, mesmo aqueles cheios de dons do passado que já morreram quando deixaram esta Terra seus dons extraordinários cessaram, mas tem um Dom que é Eterno que dura nesta vida e permanece até a eternidade, e este é o Amor!

Enfim, não seja você mais um dessa “Geração de Deidaras” que ama aquilo que é passageiro, coloque seu coração nas coisas duradouras e principalmente naquelas que são eternas! Sim, precisamos saber dar valor para aquilo que realmente tem valor (Ressalto mais uma vez que existem coisas que apesar de não serem eternas, ainda sim são valiosas, como por exemplo, certos tipos de relacionamento, que não devem ser tratados como "descartáveis" como muitos da "Geração de Deidaras" tem feito.), porém, ao mesmo tempo que sabemos valorizar certas coisas desta Terra nós cristãos precisamos estar sempre de olho na eternidade buscando um tesouro que traça ou ferrugem alguma possam destruir nem ladrão algum roubar, a eternidade pode não ser tão chamativa (ou "explosiva" como aquilo que Deidara considera arte) para alguns principalmente para aqueles de nossa geração mas ainda sim é extremamente preciosa e mais valiosa que qualquer tesouro e “arte” passageira que esta Terra possa oferecer.

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